Em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo” o coordenador de
projetos do Movimento Gay de Minas Gerais, Oswaldo Braga, se mostrou
insatisfeito com a aproximação de políticos do PT com evangélicos.
O ativista lembrou que o governo petista, desde o primeiro mandato de
Luiz Inácio Lula da Silva, sempre manteve proximidade com o movimento
gay, mas que nos últimos anos a legenda tem feito concessões para não
perder o apoio político dos evangélicos.
Além da retirada do projeto “Brasil Sem Homofobia”, batizado de “kit
gay” pelas bancadas católica, evangélica e da família, o governo de
Dilma Rousseff também resolveu retirar uma propaganda que estimulava o
uso de camisinha entre jovens homossexuais.
“Os evangélicos pressionaram e a propaganda, focada no segmento mais
vulnerável à Aids, não foi veiculada”, disse Braga ao jornal.
O vice-presidente da Liga Humanista Secular, Luiz Henrique Coletto,
também reclama da falta de apoio do governo Dilma e diz que “há um
apagão deste governo em relação à população LGBT”.
Coletto lembra que enquanto a Secretaria de Direitos Humanos mantêm a
tradição de defesa da comunidade gay, os políticos do Planalto estão
trocando a defesa da sigla para não perder apoio do setor considerado
por eles como “ultraconservadores”.
O coordenador cita a decisão recente do Senado em apensar o Projeto
de Lei 122/2006 ao debate do projeto do novo Código Penal. A decisão
desagradou ativistas que estão há mais de seis anos tentando aprovar o
projeto que criminalizava toda opinião contrária ao homossexualismo.
A decisão do projeto de apensamento dividiu os senadores do PT, dos
12 representantes do partido no Senado apenas seis deles participaram da
votação, quatro votaram contra (em favor da causa homossexual), um se
absteve de votar e apenas Lindbergh Farias votou a favor.
Assessoria de Comunicação com Agencia Estadão
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