Representantes de diversos segmentos do futebol mineiro se mostraram,
nesta segunda-feira, favoráveis ao Projeto de Lei Municipal 1560/15, que
regulamenta a venda de cerveja em estádios e nos conjuntos
poliesportivos de Belo Horizonte. Em audiência pública realizada na
comissão de Legislação e Justiça, a maior preocupação das partes, porém,
foi sobre a adoção de um mecanismo para controlar essa comercialização sem que haja prejuízo, como atos de violência, para o público em geral.
O projeto de lei estabelece para isso a definição dos locais de venda e
a restrição dos horários de comercialização. Sendo assim, as bebidas
alcoólicas teriam a venda iniciada 30 minutos antes dos jogos, durante o
intervalo, e encerrada 30 minutos depois.
O gerente de Esporte
de Rendimento da secretaria municipal de Esporte e Lazer, Sidney Jairo
Zabeu, é um dos que se coloca a favor do projeto. Para Zabeu, a questão
da violência nos estádios está mais relacionada à educação do que ao
consumo de bebida alcoólica. Ele destaca, porém, que seria importante a
implementação de uma tecnologia para o controle de pessoas violentas nos
estádios.
Presidente da BWA, Bruno Balsimelli, e
diretor-presidente da Minas Arena, André Santana, presentes na
audiência, também não veem problema na comercialização e acreditam que a
restrição do período de venda pode ajudar a evitar episódios de
violência.
Já o procurador do Ministério Público de Minas Gerais,
José Antônio Baeta de Melo, mostrou-se contrário à liberação da venda.
Ele explicou que a proibição nos últimos anos teria melhorado não só a
questão da violência como a do conforto do público nos estádios. Além
disso, Melo destacou que a discussão do tema deveria ser feita em âmbito
federal, no qual existe a legislação proibindo a comercialização de
bebidas alcoólicas.
Na justificativa de seu projeto, é citado o
exemplo da Copa do Mundo realizada no Brasil no ano passado, onde
estatísticas provaram que os índices de violência em estádios não caíram
com a proibição do consumo de cerveja, e de outro lado foi fácil a
constatação de que a venda de cerveja durante os jogos da Copa do Mundo
no ano de 2014, permitida pela Lei Geral da Copa, não incentivou a
violência, diz o documento.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de BH e portal O tempo
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