Plano emergencial e PPP para novos centros são apostas da PBH para solucionar o problema nos próximos dois anos
Apontada como um dos principais gargalos da saúde e amplamente discutida em audiência pública no início da semana,
a Regional Nordeste voltou à pauta da Comissão de Saúde e Saneamento na
tarde desta sexta-feira (29/5).
Usuários e trabalhadores das unidades
de saúde da região denunciaram a falta de estrutura, de materiais e de
equipes médicas para atendimento à crescente demanda local. A Prefeitura
anunciou que desenvolverá um plano emergencial de recomposição das
equipes e ampliação dos espaços, temporariamente, até que se cumpram as
obras de reconstrução dos centros de saúde por meio de parceria
público-privada (PPP). O edital de licitação está em andamento, e a
previsão é de que as unidades estejam conclusas em até dois anos.
Representante do Centro de Saúde Olavo Albino, Aparecida Oliveira
destacou que, em razão da construção de milhares de unidades
habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) na região, o
número de usuários do sistema de saúde cresceu em cerca de 32 mil
pessoas. “Os cinco centros de saúde que temos nos bairros do entorno não
suportam o aumento da demanda. Precisamos de mais equipes do Programa
Saúde da Família e ampliação dos espaços para atendimento”, reivindicou a
moradora.
“E onde está essa
contrapartida? Por que esses recursos não foram aplicados pela
Prefeitura? Queremos saber onde está o dinheiro”, cobrou a conselheira
municipal de habitação, Eliete Soares, representante da comunidade do
Bairro São Gabriel.
Falta de estrutura
Já com dificuldades para atender os cerca de 15mil usuários
cadastrados, o Centro de Saúde Marivanda Baleeiro (Bairro Paulo VI) teve
sua demanda ampliada em quase 8mil pessoas, o que tem preocupado e
trazido grandes transtornos à comunidade. Falta de espaço para
atendimento, ventilação precária e goteiras em períodos de chuva estão
entre as dezenas de problemas apontados pela população. A situação havia
sido avaliada pelos vereadores da comissão em visita técnica aos dois centros de saúde na última semana (20/5).
As lideranças locais destacaram a necessidade de se ampliar o C.S.
Marivanda Baleeiro ou de construir uma nova unidade ali mesmo. “A nova
unidade prevista na PPP da saúde não vai resolver o problema do
Marivanda. O local é longe dali, no alto do morro. Os moradores do
condomínio Parque Real (que reúne mais de 2500 famílias atendidas pelo
MCMV) continuarão utilizando o Marivanda”, alertou Edmar Branco,
liderança do Bairro Paulo VI.
Plano Emergencial e PPP da saúde
Representante da Secretaria Municipal de Saúde, a gerente de saúde da
Regional Nordeste, Maria Cristina Ramos, reconheceu que a situação é
grave e anunciou que desenvolverá um plano emergencial de ampliação das
equipes do PSF no C.S. Marivanda Baleeiro e no C.S. Olavo Albino. Ainda,
devem ser instalados contêiners equipados para atendimento nesses
locais e no C.S. Maria Goretti.
Já para auxiliar no atendimento do C.S.
São Gabriel, deve ser alugado um galpão no entorno da unidade. Em
relação ao C.S. Vila Maria, a prefeitura explicou que o local não
comporta novas equipes, mas fará estudos para buscar soluções
temporárias, até que se cumpram as obras de reconstrução dos centros de
saúde por meio de parceria público-privada (PPP). As obras, previstas em
2011, são objeto de licitação pública ainda em andamento, com previsão
de início no próximo semestre conclusão em até dois anos.
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