Programas Vida Ativa e Academia a Céu Aberto foram debatidos em audiência
Idosos usuários de programas desenvolvidos pela prefeitura,
como o Vida Ativa e o Academia a Céu Aberto, foram ouvidos em audiência
pública realizada nesta segunda-feira (20/8) pela Câmara de BH. Eles
avaliaram a funcionamento dos programas, relataram pontos positivos e
reivindicaram melhorias no atendimento. As intervenções vão orientar o
trabalho da Câmara e da PBH na realização de esforços para estimular a
melhoria dos programas.
De acordo com Prefeitura de Belo Horizonte, o programa Vida Ativa
executa políticas de esporte e lazer para a população a partir de 50
anos. Ele oferece ao adulto e ao idoso atividades físicas e lúdicas
diversas através da atuação em núcleos e instituições de longa
permanência, eventos de impacto, e apoio a entidades e comunidades. O
objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade de vida do público
alvo, por meio da promoção do esporte e do lazer. Já as Academias a Céu
aberto disponibilizam equipamentos para a prática de exercícios ao ar
livre, em praças e espaços públicos. Os dois programas são geridos pela
Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.
Conceição Villarinhos, usuária do Vida Ativa, relatou que o programa
oferece à comunidade oportunidade para a realização de atividades
físicas e de lazer que repercutem diretamente no bem estar e na saúde
dos participantes, além de ser um importante espaço de convivência e
socialização. Apesar da avaliação positiva, ela se queixou da falta de
equipamentos de ginástica adequados e de problemas de infraestrutura.
Servidores que atuam no programa, relataram, ainda, limitações
orçamentárias, que conduzem, em muitos casos, à falta de material
esportivo e insuficiências no quadro de pessoal.
Ações da PBH
Representando a Prefeitura de Belo Horizonte, Célio de Cássio
Moreira, secretário adjunto de Lazer, lembrou que centenas de Academias a
Céu Aberto estão funcionamento na cidade e que um dos objetivos da
prefeitura é garantir a construção de uma unidade em cada bairro da
capital. Com relação os alegados problemas de limpeza e conservação, ele
informou que a PBH realiza vistorias periódicas aos equipamentos e que
vai trabalhar para intensificar os trabalhos de conservação e limpeza.
O secretário reconheceu que limitações orçamentárias existem e que
elas podem ter reflexo na execução dos programas. Já Reledy Maia,
gerente de Programa de Desenvolvimento e Lazer da PBH lembrou que, para
além das limitações orçamentárias, questões administrativas e
procedimentos legais tornam menos ágil o processo de contratação de
profissionais, dificultando a reposição de mão de obra no programa Vida
Ativa.
A respeito da ausência de educadores físicos nas Academias da Cidade,
a secretaria esclareceu que a ergonomia dos aparelhos de ginástica foi
pensada de modo a evitar a ocorrência de lesões. Além disso, campanhas
de educativas, com distribuição de material explicativo são realizadas
junto ao público do programa e placas informativas estão instaladas nos
locais, de modo a fornecer orientação sobre o modo correto de uso dos
aparelhos, com vistas a afastar o risco de lesões.
Orçamento
No final da audiência foi proposto a criação de um grupo intersetorial focado na
discussão de políticas para fortalecer os dois programas. O objetivo é
construir, a partir das reflexões do grupo, mecanismos para incidir no
orçamento municipal – votado anualmente pela Câmara – de modo a garantir
uma maior destinação de recursos ao Vida Ativa e às Academias da
Cidade.
CMBH
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