1. A maconha é considerada a droga mais polêmica do mundo. A droga é extraída da planta da espécie Cannabis sativa, também conhecida como cânhamo ou haxixe.
A planta tem origem no Afeganistão e era muito utilizada na Índia em
rituais religiosos. A droga também era usada como tratamento para curar
prisão de ventre, cólicas menstruais, malária, reumatismos e até dores
de ouvido. O cultivo da maconha se expandiu da Índia para a Mesopotâmia, depois Oriente Médio, Ásia, Europa e África.
2.
No séc. XI havia grupos de homens, no Norte da Pérsia, que eram
conhecidos por sua extrema crueldade e pelas contínuas vitórias que
obtinham. Estes grupos agiam intoxicados pelo haxixe, e sempre, espalhavam sua violência. Devido ao vício, foram chamados "Haschichins", donde surgiu a expressão francesa "assassin", e o termo português "assassino". [1]
3.
A maconha foi trazida para a América do Sul pelos colonizadores e as
primeiras plantações foram feitas no Chile, por espanhóis. No Brasil,
além das caravelas, durante o século XVI os escravos de origem africana
traziam-na escondida, para que fossem usadas em rituais religiosos.
4.
Atualmente o Brasil está envolto no controvertido debate sobre as
consequências da autorização do consumo da maconha. O Supremo Tribunal
Federal começou a decidir, neste mês de agosto, se o porte de drogas
para consumo pessoal deve continuar sendo um crime no Brasil.
5.
A defensoria Púlica de São Paulo, autora da ação no STF, considera que
“o porte de drogas para uso próprio não afronta a chamada 'saúde
pública' (objeto jurídico do delito de tráfico de drogas), mas apenas, e
quando muito, a saúde pessoal do próprio usuário." [2]
6. Se
a decisão for favorável, o STF poderá declarar inconstitucional o
artigo 28 da Lei Antidrogas, que define como crime "adquirir, guardar,
tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal,
drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal". (Lei no 11.343/2006)
7.
A igreja está assistindo – calada e omissa – o crescimento cada vez
maior da onda de tolerância com esse vício. Artistas brasileiros
desafiam a legislação em vigor e sequer são questionados. Em janeiro de
2012, em Sergipe, Rita Lee desaprovou a conduta policial que tentava
coibir o consumo da droga: “Este show é meu. Não é de vocês. Por que
isso? Não pode ser por causa de um baseadinho. Cadê um baseadinho pra eu
fumar aqui?” [3].
8.
O pensamento de que a maconha não é nociva é frequente e amplamente
defendido pelos apologistas da liberação da droga. Valentim Gentil Filho
que possui doutorado em psicofarmacologia clínica pela Universidade de
Londres, um dos mais renomados psiquiatras do Brasil discorda desta
ideia: “Trata-se da única droga a interferir nas funções
cerebrais de forma a causar psicoses irreversíveis”. Ele disse a VEJA.
“Se fosse para escolher uma única droga a ser banida, seria a maconha.”
[3]
9.
Outro argumento apresentado pelos apologistas é de que a venda
autorizada colocaria um fim ao tráfico de drogas. Para derrubar este
argumento – um dos mais rígidos pilares da defesa da liberação da droga -
basta observar a experiência e o recuo das autoridades holandesas. Na
década de 70, a Holanda descriminalizou a maconha. Desde então, o
tráfico só aumentou.
10.
Ao concluir, concito os líderes cristãos a se posicionarem contra esta
banalização e desvirtuamento de valores. A maconha é porta de entrada
para o uso de drogas mais fortes. Aqueles que trabalham ou convivem com
usuários de álcool, tabaco e entorpecentes sabem a destruição que estes
vícios provocam nas famílias. Conclamo a Igreja para interceder e também
para agir. Infelizmente, a decisão sobre o uso da maconha, não será
democrática. O povo não será ouvido. Onze Ministros do SFT decidirão por
nós.
Reflita nisso!
Douglas Roberto de Almeida Baptista
[3]http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/maconha-faz-mal-sim-quem-afirma-e-a-medicina/
Douglas Baptista é pastor, líder da Assembleia de Deus
de Missão do Distrito Federal, doutor em Teologia Sistemática, mestre
em Teologia do Novo Testamento, pós-graduado em Docência do Ensino
Superior e Bibliologia, e licenciado em Educação Religiosa e Filosofia;
presidente da Sociedade Brasileira de Teologia Cristã Evangélica, do
Conselho de Educação e Cultura da CGADB e da Ordem dos Capelães
Evangélicos do Brasil; e segundo-vice-presidente da Convenção dos
Ministros Evangélicos das ADs de Brasília e Goiás, além de diretor geral
do Instituto Brasileiro de Teologia e Ciências Humanas.
Q? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk quanta desinformação
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