Dando continuidade às visitas técnicas realizadas aos
cemitérios públicos da capital, a Comissão de Direitos Humanos e Defesa
do Consumidor vistoriou, nesta quinta-feira (14/4), os cemitérios da
Saudade, no Bairro Saudade (Região Leste), e da Consolação, no Bairro
Jaqueline (Região Norte).
No primeiro, mesmo após reformas, foram
constatados problemas relativos a falta de manutenção de jazigos, falta
de capina, ossário sem vedação e condições insalubres de trabalho. Já no
Cemitério da Consolação, a comissão considerou satisfatórias as
condições de funcionamento.
Representante dos 28 trabalhadores do Cemitério da Saudade, Hebert
Oliveira apresentou várias reivindicações dos funcionários quanto às
condições de estrutura e de trabalho. Foram criticadas a falta de
manutenção do cemitério, com redução do quadro de funcionários, a falta
de limpeza e capina, e aspectos de insalubridade.
O construtor de sepulturas, Ednando Gomes dos Santos, falou sobre as
condições precárias de trabalho e de uma sala única onde funcionam
cantina, vestiário e banheiro. “Há mais de dois anos, não temos um local
para o almoço ou para trocar de roupa e, então, almoçamos em cima das
sepulturas”, contou.
O ossário, onde são colocados restos mortais ao término do período de
manutenção do jazigo, (cinco anos), não é lacrado. Verificou-se, ainda,
que são roubados, com frequência, materiais de construção no cemitério,
que também não possui zelador, segundo os funcionários, devido à falta
de interesse da prefeitura em contratar o serviço. Na oportunidade, os
trabalhadores sugeriram que as taxas pagas pelos munícipes, que
totalizam cerca de R$ 2 milhões por ano, deveriam destinar-se à
manutenção dos jazigos.
Melhorias e problemas enfrentados
Segundo o chefe da Divisão de Necrópoles 2, responsável pelo
Cemitério da Saudade e da Consolação, Sérgio Pereira de Oliveira, os
quatro velórios existentes foram reformados e estão sendo construídos
outros quatro para atender à população. A entrada do cemitério também
foi revitalizada com rampa de acessibilidade, sendo construídos, ainda,
um prédio administrativo e uma cantina.
De acordo com Oliveira, a questão a ser administrada é a conservação
do espaço. Segundo ele, os túmulos quebrados são de responsabilidade do
munícipe. “O desafio está sendo localizar essas pessoas, para que possam
tomar as devidas providências”, completou. Oliveira informou, ainda,
que a segurança do cemitério é feita pela Guarda Municipal, argumentado
que a falta de um zelador no local se deu em razão do desinteresse das
pessoas em participar de licitação para exercer essa função.
Ressaltando que os problemas estarão solucionados tão logo a obra,
iniciada em 2014, seja concluída, Oliveira anunciou que a previsão é de
que os velórios sejam entregues até meados deste ano.
Cemitério da Consolação
Após visitar o Cemitério da Saudade, a Comissão dirigiu-se ao Cemitério
da Consolação, onde constatou boas condições de estrutura e
funcionamento, verificando somente necessidade de manutenção.
Com informações CMBH
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