Vereador Jair Di Gregório (PP) defende a necessidade da presença constante do cobrador no serviço de transporte coletivo por ônibus durante todo o trajeto
Audiências públicas, visitas técnicas e encaminhamento de ofícios
sobre questões ligadas ao sistema de transporte coletivo do município
foram aprovados pelos integrantes da Comissão de Desenvolvimento
Econômico, Transporte e Sistema Viário na reunião ordinária desta
quinta-feira (23/2). Problemas localizados que afetam o sistema viário
do Bairro Buritis, na Região Oeste da capital, também serão debatidas
pelos vereadores e demais partes interessadas, em duas datas diferentes.
Pedidos de informação à BHTrans sobre “botão de pânico” e visitação ao
COP também receberam votação favorável.
Preocupado com as questões que afetam trabalhadores e usuários do
sistema público de transporte no município, o vereador Jair Di Gregório
(PP) requereu audiência pública para discutir a necessidade da presença
constante do cobrador no serviço de transporte coletivo por ônibus
durante todo o trajeto, inclusive nos fins de semana. Ao solicitar a
aprovação do requerimento, o parlamentar, que declarou já ter trabalhado
como trocador de ônibus, ressaltou a importância desse profissional em
aspectos técnicos e no auxílio ao motorista e aos passageiros,
garantindo maior segurança nas viagens. O encontro foi agendado para o
dia 6 de abril, às 13h30.
Requerida pelo presidente da comissão, vereador Carlos Henrique
(PMN), também foi aprovada a realização de visita técnica a pontos
iniciais e finais das linhas 8401 (Cachoeirinha-São José), 4103
(Aparecida-Mangabeiras) e 9410 (Sagrada Família-Coração Eucarístico)
para constatar a presença ou não de cobradores nos coletivos. Motivada
por reclamações recebidas de usuários, que denunciam a ausência desses
auxiliares, a atividade será realizada na manhã de domingo, dia 5 de
março.
Solicitações à BHTrans
Também assinados por Carlos Henrique, dois requerimentos solicitando o
envio de ofícios à BHTrans foram aprovados pelos demais integrantes da
comissão. O primeiro requer informações sobre o treinamento e as
orientações dadas aos motoristas e cobradores sobre a operação do “botão
de pânico” disponível nos coletivos, incluindo cópias do material
fornecido. Ao justificar a solicitação, o parlamentar mencionou as
dificuldades e riscos envolvidos na utilização do instrumento, abordadas
na audiência pública da comissão que debateu o aumento da ocorrência de incêndios criminosos em ônibus da capital e região metropolitana.
Jair Di Gregório apontou que a atual localização do dispositivo, além de estar fora do alcance do auxiliar
de bordo, permite que os criminosos percebam e impeçam a tentativa de
acionamento por parte do motorista, expondo-o ao risco de represálias.
Elvis Côrtes (PSD) também considerou vagas as informações prestadas pela
empresa sobre a formação oferecida aos
funcionários. Considerando o aumento dos ataques e também de assaltos
aos coletivos e lembrando que “há vidas em jogo”, os parlamentares
reivindicaram maior agilidade nas ações e respostas da BHTrans.
Outro requerimento solicita à empresa que estude a viabilidade de
disponibilizar, à sociedade civil, a realização de visitas monitoradas
ao Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH),
localizado dentro de sua sede, no Bairro Buritis. Atuando na
centralização e integração de informações da BHTrans, Guarda Municipal,
Fiscalização, SAMU, SLU, Defesa Civil, Polícia Militar e Civil de Minas
Gerais, Copasa, Cemig e Gasmig, entre outras instituições, além
da prevenção de crises urbanas e gerenciamento de eventos de grande
impacto, o COP (foto) foi muito elogiado pelos vereadores, para quem a
estrutura e o funcionamento “de primeiro mundo” do equipamento merecem
ser conhecidos e valorizados pela população da cidade.
Acessibilidade
Também recebeu aprovação, com data e hora a serem definidas
posteriormente, a realização de audiência conjunta com a Comissão de
Direitos Humanos e Defesa do Consumidor para debater a acessibilidade na
nova frota de veículos que comporão o sistema de transporte público do
município, anunciada pelo Executivo por meio do Decreto nº 16.568. O decreto impõe que
os novos ônibus disponham de sistema de ar condicionado e suspensão a
ar, mas não faz referência à acessibilidade, considerada precária por
usuários. Pelo requerimento, a situação dos táxis acessíveis também
deverá ser abordada na reunião.
Assessoria de comunicação com CMBH
Nenhum comentário: